O pau quebrou no fim do jogo e não se sabe direito por quê. Zé Rafael e Rodrigo Nestor se estranharam e trocaram ofensas e tentativas de agressão. Os são-paulinos se revoltaram com um gandula, que teria começado tudo. Ele teria atirado uma bola no banco visitante e falado alguma coisa para os rivais. Se fez isso mesmo, está errado. O árbitro Raphael Claus olhou as imagens após a confusão, já com o jogo terminado, para tomar providências. Quase quebraram o monitor do VAR na confusão. O Palmeiras ganhou por 2 a 1.
Rato disse ao SporTV que jogadores do Palmeiras provocaram o tempo todo. Comentou ainda que muitos deles moram no mesmo prédio, nas proximidades do estádio. São vizinhos de CT. Os seguranças tiveram de trabalhar para conter os briguentos. Os dirigentes do Palmeiras pareciam mais exaltados.
Em campo, os dois gols de Flaco López salvaram a ruindade da partida. Ouvi de alguns amigos torcedores de Palmeiras e São Paulo que o jogo foi péssimo. Eles se recusaram a aceitar o duelo morno e sem pegada. Os gols e a briga, segundo eles, salvaram a rivalidade. Os times entraram para não perder, bem longe da tradição dos últimos duelos. Vão dizer que a culpa é do calendário. Talvez seja mesmo.
Os treinadores têm suas estratégias e o departamento médico valida a condição de cada jogador. Tem sido assim. E o que se vê são partidas ruins.
Palmeiras foi com os melhores
Flaco marcou para o Palmeiras no começo do segundo tempo. Abel escalou seus melhores atletas. Luciano empatou o jogo. O tricolor montou um mistão e deixou os titulares no banco, como o próprio Luciano, Lucas e Calleri. Luciano foi expulso por dois amarelos. O primeiro deles por festejar o gol de forma provocadora.
Os jogadores de hoje têm dificuldade para decidir jogos. Numa rápida comparação com um passado não tão distante, do começo dos anos 2000, os atletas de peso tinham mais qualidade. Mas não era só isso. Eles tinham mais inteligência e fibra. Batiam no peito e chamavam a responsabilidade. Sabiam que jogo grande era com eles.
Hoje, a mídia e a torcida chamam de craque qualquer jogador mais ou menos. Basta o cara fazer algumas partidas boas para ganhar a reverência. Se souber driblar, é rei, e logo será comparado aos melhores.
Palmeiras e São Paulo fizeram um duelo fraco. O torcedor recebeu migalhas de futebol. A alegria veio no fim, já nos acréscimos, com o gol de Flaco.
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O Palmeiras foi melhor a maior parte do tempo, ficou com a bola e criou mais chances de gol. Precisava vencer a fim de ganhar moral para a partida das oitavas da Libertadores contra o Botafogo nesta semana, também em casa. Pode ser eliminado.
VAR apita para Claus
Para validar o primeiro gol de Flaco, o árbitro Raphael Claus precisou da ajuda do VAR. Ele e o bandeirinha deram impedimento. Erraram. Havia mais de meio metro de posição legal do atacante. Isso vai deixando o jogo tenso. O estádio todo ficou esperando a validação. A espera tira o clima.
Em nenhum momento o São Paulo entrou para ganhar. Foi um time “morno”. Só melhorou depois da entrada de Lucas, Calleri e Luciano, que marcou o gol do empate. Marcou o gol e pediu silêncio aos torcedores rivais. Só havia palmeirenses. Também deu uma voadora na bandeira do time pendurada no escanteio. Mais tensão. Recebeu amarelo.
Minutos depois, Lázaro fez 2 a 1, com falha do goleiro Rafael, a primeira dele. Ele foi de mão mole na bola. Tentou dar um soco nela e a deixou passar, mas foi salvo pelo VAR, que chamou Claus para rever o lance por causa de um impedimento. O árbitro aceitou a sugestão do VAR e anulou o gol, para revolta de Abel e dos torcedores.
Teve um lance feio em choque envolvendo o são-paulino Patryck. Ele bateu a cabeça e foi levado para um hospital. Assustou. Ele passa bem.
Quando o empate parecia certo, Flaco marcou o segundo do Palmeiras, já nos acréscimos, de cabeça, na segunda falha do goleiro Rafael. Ele tentou cortar a bola cruzada na área e errou o tempo. Flaco subiu mais do que o marcador e do que o goleiro.
Depois disso, o pau quebrou entre os jogadores. Os dirigentes do Palmeiras pareciam mais revoltados. O gandula foi protegido pelos palmeirenses. Todo mundo tentou se pegar. Havia muitos seguranças dos dois lados. Os diretores do São Paulo estavam mais na boa. Vi Carlos Belmonte com as mãos no bolso bem tranquilo ainda dentro de campo.
Vai ter atletas e dirigentes suspensos
Se o futebol foi fraco, a tensão foi subindo até estourar no fim. Vai ter atletas e dirigentes suspensos. O Palmeiras precisa do seu estádio. Das 18 partidas no Allianz neste ano, o time ganhou 16. A diretoria espera que o STJD não tire o time de sua casa.
