O Palmeiras pode festejar o tetra do Paulistão nesta temporada sob o comando de Abel Ferreira. O Corinthians tem chance de aumentar a sua liderança de conquistas no Estadual. O time já tem 30 troféus em sua conta. Ganhar o Campeonato Paulista para São Paulo e Santos seria um passo importante em seus processos de reformulações.

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Nem precisa dizer o peso de uma conquista do Paulistão para os clubes do interior, de menos recursos e mais dificuldades. O último a ganhar foi o Ituano, em 2014. O Paulistão começou a ser disputado em 1902 e passou a ser organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) a partir de 1941.

Pauistão salvou o time de Abel Ferreira na temporada passada: time foi campeão apenas da disputa regional / Palmeiras

Mas toda vez que o Estadual começa, uma pergunta nos faz pensar sobre a competição pelos Estados brasileiros: ainda tem sentido disputar os regionais? Convido o torcedor a dar sua opinião nos comentários.

Há motivo político da CBF

Há muitos contras e alguns prós para que a CBF mantenha os Estaduais. O primeiro motivo para sua manutenção em meio a um calendário pesado do futebol brasileiro é político. A CBF alimenta as federações regionais salvo raras exceções, como a Paulista, que consegue andar com as próprias pernas. Oferecer calendário para clubes tradicionais que não estão nas grandes disputas é outro motivo pró-Regional.

Se a gente perguntar para os jogadores, eles vão dizer que gostam de jogar os Estaduais. O Palmeiras arrumou uma confusão diplomática ao chamar no passado o Paulistão de Paulistinha. As arestas desse caso já foram aparadas. E o Palmeiras ganhou as três últimas edições do torneio.

Paulistão paga R$ 44 milhões

Há, ainda, para os grandes dos Estados, como em São Paulo, uma premiação especial. No caso do Paulistão, ela é de R$ 44 milhões. Cada Regional tem sua fórmula de disputa. Em média, são 12 jogos a mais para os clubes no calendário nacional.

Reinaldo Carneiro Bastos é presidente da Federação Paulista de Futebol: entidade não depende do dinheiro da CBF / FPF

Por fim, os Estaduais provocam muito saudosismo nos torcedores e dirigentes esportivos do tempo em que as disputas falavam mais alto do que algumas outras competições que ganharam espaço. Há também muito interesse comercial e de direitos de transmissão.

Mas não há esse tipo de competição no mundo. Todos os grandes centros de futebol fazem disputas nacionais e Copas. A CBF não tem coragem de acabar com os regionais porque se fizer isso ela vai perder o “comando” do futebol nos Estados brasileiros. As federações votam na eleição do presidente da CBF com maior peso do que os clubes da Série A e B.

Os Estaduais começam quando os jogadores ainda estão em pré-temporada. Isso é um erro grave. Os torneios colocam, em média, mais 12 partidas no calendário dos clubes, que podem chegar a mais de 70 por ano. Isso tira tempo de treino e de descanso dos atletas.

Pequenos são coadjuvantes

A bagunça de começar um torneio sem seus times principais, com equipes excursionando e jogadores ainda fora de forma depõe contra. A quase certeza de que os grandes estarão nas decisões também. Não são campeonatos de cartas marcadas, mas a precariedade dos times menores os fazem coadjuvantes em campo.

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De modo que os times grandes do Brasil usam os Estaduais como pré-temporada para as primeiras competições que realmente interessam a eles, como Libertadores e as primeiras rodadas da Copa do Brasil ou dos torneios pelas regionais do país, como Copa do Nordeste.

Técnicos dos times do Paulistão 2025: Abel Ferreira tenta nesta edição o quarto título do Estadual paulista/ FPF

Particularmente, não acabaria com os Estaduais, mas mudaria as formas de disputas para menos rodadas, dez no máximo, e formatos que pudessem privilegiar os times menores em semifinais e finais. No Paulistão isso seria seis jogos a menos. Confira a tabela do Paulistão 2025 da FPF.

 

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