A CBF divulgou nesta sexta-feira, dia 28, a lista dos pré-convocados para os dois próximos jogos da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo (confira a relação completa, por posições, no final da matéria). O técnico Dorival Júnior relacionou 52 atletas que atuam no Brasil e no exterior.
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Na próxima semana, em um evento programado para o Rio, o treinador anunciará os 23 convocados que serão levados para as partidas. Ainda em busca da consolidação de uma vaga entre os representantes da América do Sul que vão ao Mundial de 2026, o Brasil enfrenta a Colômbia, em Brasília, no dia 20, e a Argentina, no dia 25, em Buenos Aires, duas verdadeiras pedreiras no caminho da seleção.
Observar a pré-lista dos escolhidos de Dorival nos permite diversas leituras e reflexões. De cara é importante ressaltar a transparência do treinador, que contraria a prática vigente e divulga a relação para o público e imprensa.
Dorival sem medo de mostrar sua lista
Esse tipo de lista prévia sempre foi feita, mas a CBF tinha por hábito negar a liberação dos nomes publicamente. Ponto, pois, para Dorival, que traz algo novo, sem medo das análises que possam ser feitas, para o bem e para o mal, em relação às suas preferências.

Isso também evita que alguns setores da mídia mais privilegiados, de melhores relações institucionais ou comerciais com a CBF, tenham a primazia da informação, como era praxe ocorrer num passado não muito distante.
Elogio feito, não há muito mais coisas positivas para se comemorar. Observando-se a relação dos 52 pré-convocados, a primeira impressão é de que pouca coisa pode mudar em relação às últimas convocações. Os nomes são praticamente os de sempre, o que deixa claro que o futebol brasileiro passa por um momento de escassez de recursos.
Hugo e Yuri Alberto na pré-lista
Tudo bem que Dorival abriu as portas da seleção para os corintianos Hugo Souza e Yuri Alberto, duas bolas cantadas pelo que eles estão jogando, e sinalizou que passou a contar de fato com Neymar para já. Mas há poucas evidências de uma renovação em curso.

O pior de tudo é que a gente olha para a lista e não vê nenhuma injustiça. Dificilmente alguém vai clamar por algum craque esquecido pelo treinador. Foi-se o tempo em que o técnico da seleção casava com suas convicções e comprava briga com a torcida para não chamar, a contragosto, jogadores que mereciam estar no grupo.
Sem birras como no passado
Lembram da birra de Felipão com Romário? Ou de Lazzaroni com Neto? De Cláudio Coutinho com Falcão? De Telê com Renato Gaúcho? Ou de Luxemburgo com Djalminha? Ou de Dunga com o próprio menino Ney?
Pois bem, não há hoje no Brasil nenhum craque que possa se dizer injustiçado. Pontualmente até podemos achar aqui e acolá um jogador de nossa preferência que poderia estar no grupo. Mas não haverá um coro unânime pelo Brasil afora pedindo sua convocação.
Os 52 com chances reais de jogar uma Copa estão aí no listão do Dorival. O problema não está na má vontade do técnico, mas na falta de talentos que mereçam a insurreição popular.
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Sob outra ótica, cabe, sim, um questionamento à insistência do treinador com alguns jogadores que já foram testados e não deram respostas à altura do nível de exigência de uma Copa do Mundo que o Brasil não ganha há mais de 20 anos.
Muitos deles jamais seriam convocados se estivessem jogando em equipes brasileiras, mas ganharam status de selecionáveis por estarem vivendo experiência internacional. Por óbvio, o fato de jogarem as principais ligas do mundo conta a favor deles, mas não deveria ser a condição de lhes brindar com lugar cativo na seleção.
Quatro apenas são imprescindíveis
A rigor, apenas quatro jogadores dessa lista de 52 são de fato imprescindíveis à seleção brasileira na atualidade: Vini Júnior, Rodrygo, Raphinha e Neymar – a depender de qual Neymar estamos falando…

Sem eles fica difícil pensar num time competitivo. É quase impossível montar uma seleção só com jogadores em atividade no país. Até monta um time, mas não dá para achar que ele seja páreo para enfrentar as melhores seleções do mundo.
O que você acharia se a seleção brasileira enfrentasse a Argentina, dia 25, em Buenos Aires com um time assim? Hugo Souza; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Ortiz e Guilherme Arana; Alisson, Gérson e Neymar; Estevão, Yuri Alberto e Bruno Henrique.
Se não fosse esse, qual seria a sua seleção só com jogadores em atividade no Brasil. Compartilhe suas escolhas com o The Football.
CONFIRA A LISTA DOS 52
GOLEIROS
Alisson – Liverpool (ING)
Bento – Al-Nassr (SAU)
Ederson – Manchester City (ING)
Hugo Souza – Corinthians
Lucas Perri – Lyon (FRA)
Weverton – Palmeiras
ZAGUEIROS
Alexsandro – Lille (FRA)
Beraldo – Paris Saint-Germain (FRA)
Danilo – Flamengo
Fabrício Bruno – Cruzeiro
Gabriel Magalhães – Arsenal (ING)
Léo Ortiz – Flamengo
Marquinhos – Paris Saint-Germain (FRA)
Murillo – Nottingham Forest (ING)
LATERAIS
Abner – Lyon (FRA)
Alex Sandro – Flamengo
Alex Telles – Botafogo
Dodô – Fiorentina (ITA)
Douglas Santos – Zenit (RUS)
Guilherme Arana – Atlético-MG
Vanderson – Monaco (FRA)
Wesley – Flamengo
MEIO-CAMPISTAS
Alisson – São Paulo
André – Wolverhampton (ING)
Andreas Pereira – Fulham (ING)
Andrey Santos – Strasbourg (FRA)
Bruno Guimarães – Newcastle (ING)
Éderson – Atalanta (ITA)
Gerson – Flamengo
João Gomes – Wolverhampton (ING)
Joelinton – Newcastle (ING)
Lucas Moura – São Paulo
Lucas Paquetá – West Ham (ING)
Matheus Cunha – Wolverhampton (ING)
Neymar Jr. – Santos
Oscar – São Paulo
ATACANTES
Antony – Real Betis (ESP)
Bruno Henrique – Flamengo
Endrick – Real Madrid (ESP)
Estevão – Palmeiras
Gabriel Martinelli – Arsenal (ING)
Galeno – Al-Ahli (SAU)
Igor Jesus – Botafogo
Igor Paixão – Feyenoord (HOL)
João Pedro – Brighton (ING)
Luiz Henrique – Zenit (RUS)
Raphinha – Barcelona (ESP)
Rodrygo – Real Madrid (ESP)
Samuel Lino – Atlético de Madrid (ESP)
Savinho – Manchester City (ING)
Vinicius Jr. – Real Madrid (ESP)
Yuri Alberto – Corinthians