Qual período foi mais importante no Palmeiras, o da Parmalat (1992/2000) ou o da Crefisa (2015/2024), que chega ao seu fim depois de uma década de parceria com o clube? A Parmalat durou oito temporadas. Digo que as duas modificaram o futebol brasileiro e trouxeram gestões diferentes ao clube, com resultados comuns.

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Por exemplo, no apreço pela conquista, motivo maior da existência de um time de futebol. A era Parmalat ergueu 11 troféus, três a menos do que a patrocinadora Crefisa: 14. Sob o comando da atual presidente do Palmeiras, também dona da Crefisa, Leila Pereira, o time aumentou sua contagem de conquistas relevantes, como os títulos das Libertadores de 2020 e 2021. Não é pouco.

Vanderlei Luxemburgo comanda time repleto de jogadores eternizados na história do Palmeiras, como Djalminha / Palmeiras

Foram ainda quatro taças do Brasileirão (2016/ 2018/ 2022 e 2023) e duas da Copa do Brasil (2015 e 2020).

Os títulos da era Parmalat foram grandiosos também, como a Libertadores de 1999, a primeira na história do clube e os Brasileiros de 1993 e 1994, depois de uma sequência de jejum que castigava o torcedor. Para o palmeirense mais velho, a Parmalat devolveu a ele o direito de sonhar.

Parmalat tinha mais craques

Com a Parmalat, o torcedor não se preocupava tanto com a gestão do projeto ou como a receita seria investida. O palmeirense queria bons jogadores e sair da fila. Queria conquistas. Nada além disso.

Edmundo é um dos grandes ídolos do Palmeiras na era Parmalat: atacante é respeito no clube até hoje / Palmeiras

A era Parmalat trouxe jogadores mais talentosos para o Palmeiras e que se tornaram gigantescos na Europa, como Rivaldo e Roberto Carlos: o primeiro no Barcelona e o segundo no Real Madrid. Também deu ídolos ao torcedor, como Edmundo e Djalminha. Eram muitos craques juntos.

Sob a batuta de Luxa e Felipão

Para comandar a rapaziada, o escolhido foi Vanderlei Luxemburgo e depois Felipão, dois treinadores ícones da história do clube até hoje.

Abel potencializou a era Crefisa nos últimos quatro anos, assim como Leila Pereira com sua gestão austera / Palmeiras

Mas a era Crefisa provocou mais frisson. Os dez anos de parceria mudaram o clube da água para o vinho, em todos os seus setores, da comunicação ao esportivo, passando pela medicina, logística e produtos. Esse período pegou carona na modernidade e na tecnologia. E deu novos parâmetros ao futebol.

Receitas explodem na era Crefisa

O Palmeiras virou caso de estudo. A era Crefisa teve um estádio novo, o Allianz Parque. Isso potencializou sua marca. As receitas explodiram como nunca e os títulos encheram o torcedor de orgulho. Nunca se festejou tanto em período tão curto. O clube também passou por uma reforma completa.

Dudu e Raphael Veiga são os expoentes dessa era. São os maiores ídolos no período. A regularidade passou a ser um termômetro no time. Os bons jogadores estavam em todas as posições. A gestão antes e durante o primeiro mandato de Leila Pereira tornou-se exemplar.

Fator Abel Ferreira

E houve um homem que mudou tudo nos últimos quatro anos. Ele ensinou o time a ganhar e a se comportar em momentos decisivos. Passou a pensar em fatores como o emocional, e dar a ele muita atenção. Abel Ferreira é apontado como o melhor treinador da história do Palmeiras. Ele fez a diferença e tornou a era Crefisa muito maior do que ela era. Maior do que a era Parmalat.

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Com o fim do seu contrato de dez anos, a Crefisa dá lugar na camisa para a SportingBet, abrindo caminho no clube para uma terceira dinastia de investidores másters, as casas de apostas esportivas. A empresa vai investir R$ 100 milhões fixos no clube e mais valores por meta, podendo chegar ao total de R$ 150 milhões por ano. A Crefisa pagava R$ 81 milhões. Nesta começo de janeiro, o clube retirou a marca Crefisa da sua camisa.

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