Há favorito na decisão do Paulistão entre Corinthians e Palmeiras? São duas partidas, de ida e de volta, com uma data-Fifa no meio do caminho. O time de Raphael Veiga joga a primeira em casa. A decisão será na Neo Química Arena porque a equipe de Memphis Depay teve melhor campanha ao longo do torneio. Corinthians e Palmeiras têm levado bastante torcedores para seus respectivos estádios. São jogos de torcida única.
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A arena em Itaquera chegou a ter 48 mil torcedores contra o Santos. Na vitória do Palmeiras diante do São Paulo, o Allianz Parque recebeu 39 mil. Até então, os palmeirenses das Organizadas estavam “contra” o time e questionavam o comando do treinador português. Isso mudou no jogo diante do rival do Morumbi. Não se sabe como será depois. Abel chegou a pedir que todos se unissem pelo Palmeiras. Por ora, ele foi atendido.
A rivalidade não para por aí. Há muitas nuances no clássico, o maior do Estado. O Corinthians ganhou as edições de 2017, 18 e 2019. O Palmeiras foi campeão regional nas temporadas de 2022, 23 e 2024. Tenta o inédito tetra estadual.
Abel x Ramón
O time de Abel Ferreira tem sido mais regular nos últimos cinco anos, desde que o treinador chegou ao Brasil. Ramón Díaz foi contratado para apagar incêndios no Parque São Jorge. Mesmo assim, a equipe sob o seu comando vive altos e baixos. O ano passado foi ruim a maior parte da temporada, com uma boa arrancada na parte final, condição que deu ao clube o direito de disputar a pré-Libertadores. Isso parecia impensável para o torcedor. O Palmeiras é mais reto e organizado.
Depay, Garro e Yuri
Mas Abel sofreu com um elenco reduzido e de baixa qualidade neste começo de ano. O time também viveu suas confusões, como a saída de Dudu e de outros jogadores e a demora para contratar, com muitas recusas. A chegada de Vitor Roque mudou esse cenário na semana passada.
O elenco do Corinthians é forte, principalmente do meio de campo para o ataque, com Depay, Garro e Yuri Alberto. Há muita qualidade na armação. Tem ainda Romero, identificado com o clube e sua torcida. Os volantes, como o garoto Breno Bidon e Raniele, são bons marcadores e sabem sair para o jogo. Faltam laterais e os zagueiros não estão em boa fase. Tem ainda Hugo, o goleiro pegador de pênaltis e das boas defesas. Estava na pré-lista de 52 da seleção.
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O problema do Corinthians neste Paulistão, com partidas boas e ruins, foi não ter contado com Garro, machucado. Ele dá o tom ao elenco. Joga fácil. A pré-Libertadores também dividiu as atenções do clube. Isso sem falar nos seus problemas administrativos, falta de dinheiro, pedido de impeachment… Mas nada disso vai tirar a concentração da equipe na decisão com o Palmeiras.
Fator Estêvão
Por sua vez, o Palmeiras é mais sólido. Sabe o que quer, como diz seu treinador. Joga de maneiras diferentes. É um time trabalhador sem perder o talento de seus melhores jogadores. Tem Estêvão, jogador que nenhum outro time tem no Brasil. E agora conta com um camisa 9, Vitor Roque.
