O mês de maio será decisivo para Abel Ferreira lapidar o Palmeiras pensando nas três primeiras partidas do time no Mundial de Clubes da Fifa. O treinador português tem alguns jogadores com os quais ele não vai mexer e sabe exatamente como usá-los diante do Porto, Inter Miami e Al Ahly, os rivais da fase de grupos. O Palmeiras do Mundial será ‘testado’ em alguns jogos do Brasileirão e também na Libertadores. Mas não em todas as partidas.
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Abel e sua comissão técnica, com a participação de todos os profissionais do clube, terão muito cuidado com a forma física dos atletas de maio em diante, o ritmo de competição será testado e o desgaste natural de uma temporada atípica já está sendo monitorado. Há um plano do Palmeiras para o Mundial.
Abel já testou todos os jogadores do elenco e tem noção, com muitas certezas, do que cada um deles pode oferecer na competição da Fifa. A desconfiança que recai sobre o sucesso dos quatro times brasileiros na disputa (além do Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense), principalmente diante dos europeus nas fases de mata-mata, não tem eco dentro da Academia de Futebol. Ou seja: o Palmeiras não vai para os Estados Unidos somente para participar do torneio e embolsar R$ 87 milhões, premiação oferecida pela Fifa aos clubes credenciados.
Taça Rio de 1951
Abel sabe a importância do Mundial de Clubes para o seu time, para a presidente Leila Pereira e para a torcida palmeirense. O Palmeiras ganhou a Taça Rio em 1951, que tinha o peso de um Mundial dos tempos modernos, mas ainda não festejou o torneio da Fifa com a nomenclatura de um Mundial.
O treinador português disputou duas edições do torneio desde que chegou ao Palmeiras e fracassou em ambas. Em 2020, o time perdeu para o Tigres, do México, e depois caiu na disputa do terceiro lugar para o mesmo Al Ahly, do Egito, com quem vai jogar na edição deste ano. Em 2021, o Palmeiras deixou escapar a taça diante do Chelsea, com derrota na final por 2 a 1. Por pouco, a equipe não levou a decisão para os pênaltis.
Azar da Fifa
Em 1999, diante do Manchester United, do lendário David Beckham, o Palmeiras, de Felipão, perdeu por 1 a 0. O Mundial é o único título que falta ao Palmeiras em sua galeria de troféus, uma vez que a Fifa não unificou as conquistas da Taça Rio com os títulos dos Mundiais de Clube. Se fizesse isso, o Fluminense também seria campeão do mundo pela conquista de 1952.
Abel valoriza seu elenco e já admitiu sentir na pele quando tem de encerrar ciclos no clube. Ele tem um grupo de confiança para o Mundial. Jogadores como Weverton, Gustavo Gómez, Murilo, Piquerez, Richard Ríos, Raphael Veiga, Paulinho e Vitor Roque formam a base do Palmeiras para a competição de junho e julho.
Não se trata de uma escolha definitiva porque não é possível ser assim no futebol. Há muitos fatores que ‘escalam’ um time. Abel sabe disso e jamais vai admitir os seus 11. Aliás, essa denominação de titulares e reservas está desaparecendo do futebol brasileiro por causa do calendário.
The Football no Mundial
O treinador do Palmeiras vai trabalhar um jogo depois do outro no Mundial dos Estados Unidos. Ganhar do Porto é o seu primeiro desafio. Abel dá o mesmo peso para todos os rivais. Para ele, o que seu trabalho pode controlar é o equilíbrio e a competitividade do seu grupo.
Antes de ganhar as partidas, Abel quer montar o ‘melhor Palmeiras’ de todos os tempos sob o seu comando. Ele vai se valer de cada aprendizado e ensinamento das últimas temporadas e tentar reunir tudo isso nos três primeiros jogos do Mundial. The Football vai acompanhar as partidas do Palmeiras nos Estados Unidos.
