Às 21h42 desta segunda-feira, Ronaldo Fenômeno lançou sua candidatura para presidente da CBF. Ele se valeu das redes sociais e de uma foto sua jogando pela seleção brasileira para ilustrar o post no Instagram.

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Ser presidente da CBF é o mais novo projeto do atacante. Ronaldo não estava brincando quando disse sobre assumir o comando do futebol nacional e reorganizar tudo. Em seu post, ele diz que o Brasil perde fora de campo, nos corredores da CBF e das entidades ligadas a ela. Ele teria apoio da Globo para levar adiante sua intenção.

Ronaldo escolheu a foto acima, usando a camisa da seleção, para ilustrar seu post da sua candidatura para a CBF/ Ronaldo

Primeiramente, para concorrer nas eleições da CBF, Ronaldo precisa do aval de quatro clubes das Série A ou B e mais o apoio de quatro federações estaduais das 27 do Brasil, todas elas amarradas com o atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

O que ele precisa para concorrer?

Portanto, dos 40 clubes das duas séries, Ronaldo precisa do apoio de quatro. Ele tem o Corinthians do seu lado. Vai ter o Cruzeiro também, onde era dono da SAF. Há muitos que não concordam com a forma de gerir do atual comando, principalmente no que diz respeito à passividade com a arbitragem e seus erros.

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Se não tiver essa combinação de quatro clubes e quatro federações, Ronaldo não pode concorrer às eleições para presidente.

Há ainda dois outros obstáculos: Ednaldo Rodrigues quer ser reeleito e o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, era um sucessor natural ao processo de mudanças pós era Ednaldo. Eles não vão entregar o trono para Ronaldo sem lutar.

O que Ronaldo escreveu

Foi o futebol brasileiro que me abriu as portas do mundo inteiro. Não como jogador, não falo da minha história. O nosso futebol é muito maior que eu. Falo sobre vestir a amarelinha, o peso que ela carrega.

Ser o futebol brasileiro em cada canto do planeta, representar a velha paixão nacional que ia muito além das fronteiras. Sim, ainda somos a única Seleção pentacampeã mundial, mas, no momento atual, até o nosso conceito de excelência está muito abaixo do nosso potencial.

Ronaldo, com o corte de cabelo Cascão da Copa de 2002, quando o Brasil foi penta da Coreia e Japão / Reprodução

Perdemos a essência? O que mais se perdeu? Não posso voltar em campo como muitos de vocês me pedem por aí. E, sinceramente, nem acho que as nossas maiores derrotas dos últimos anos foram dentro das quatro linhas. Elas não foram televisionadas.

Precisamos olhar para fora dos holofotes. Para dentro das instituições e para a mentalidade dos nossos atletas. Para as nossas relações.

Olho para tudo isso há bastante tempo. Parei de jogar, mas nunca saí do jogo. Foi como ampliar a visão. Mudar de posição. Conectado a pessoas e empresas, com vínculos duradouros, tive muitas conversas importantes nos bastidores.

São inúmeras as minhas motivações para essa candidatura agora e talvez a maior delas é acreditar que posso contribuir verdadeiramente para recuperar o respeito pelo futebol brasileiro.

Uma CBF amada

Eu falo de gestão. De mexer nas nossas estruturas preservando o que nos sustenta, reformando o que nos faz ruir enquanto instituição. Desejo uma CBF amada pelos brasileiros, respeitada pelo mundo inteiro.

Uma transformação inédita e potente que dialoga com toda a indústria – os clubes, as federações, atletas, patrocinadores e torcedores – e dá aos protagonistas o papel que lhes cabe. Relevante e essencial.

Vou percorrer todos os cantos do Brasil, ouvir toda essa gente que precisa ser ouvida – hoje e sempre – e apresentar às Federações um projeto de investimento privado nunca antes visto para o crescimento sustentável do esporte em cada estado do país.

Seguir gerando negócios, empregos e entretenimento, com inovação. Reconstruir a credibilidade da entidade máxima do futebol brasileiro, com a nossa velha paixão nos novos tempos.

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