Vinícius Júnior tem o melhor cabo eleitoral para ser eleito The Best, pela Fifa, nesta temporada: o futebol. Mais do que isso, tem conquistas importantes pelo Real Madrid, como o Campeonato Espanhol e a Champions League, festejada quando o seu time superou o bom Borussia Dortmund por 2 a 0 com um gol seu. A disputa foi em Londres, no lendário Wembley, para o mundo ver e aplaudir.

Há personalidades importantes do futebol que defendem o nome do atacante brasileiro como o melhor na temporada.

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Estou falando, por exemplo, de Carlo Ancelotti, seu treinador no clube espanhol. Há outros encantados com Vini Jr., aquele menino que deixou o Flamengo aos 18 anos para tentar a sorte no Real Madrid.

Muitos apostaram que ele era firula, que voltaria cedo para casa com o dissabor do fracasso na Europa. Vinícius Júnior foi maltratado no começo com algumas rusgas com o craque do Real Madrid, Benzema, que demonstrava irritação ao seu lado. Ele precisou melhorar os fundamentos para ganhar chances e se firmar na equipe.

Foi ganhando o respeito dos companheiros e da torcida do Madrid, porque o restante da Espanha preferiu tratar o brasileiro com racismo, o preconceito dos covardes.

Com seu futebol, dribles, jogadas, gols e sorrisos largos, Vini colocou a Espanha no centro do mundo esportivo. Os espanhóis racistas devem muito a ele. Em entrevistas após a festa da Champions de número 15 do clube, ele disse que quer ficar no Real Madrid para sempre. Então, se isso acontecer, a Espanha terá de rever seu comportamento e dizer “não” aos racistas. A LaLiga promete ações mais rigorosas.

Vinícius é Bola de Ouro. Não há dúvidas
CARLO ANCELOTTI, TÉCNICO
DO REAL MADRID

Real Madrid festeja conquista da Champions após ganhar do Dortmund, com um dos gols de Vini Jr. / Real Madrid

Fingindo-se de morta e nadando na superfície em relação a esse caso, a Fifa terá de colocar a mão na ferida com mais vontade quando Vinícius Júnior começar a receber os votos para a escolha do Melhor do Mundo. Certamente seu discurso, se eleito, tocará no assunto que o assombra na Espanha por mais de três temporadas.

Mas como se elege o The Best da Fifa?

A votação para a escolha do The Best da Fifa vai começar. Geralmente, a entidade abre a votação em setembro/outubro. Foi assim, por exemplo, no ano passado, quando Lionel Messi foi eleito pela oitava vez, mesmo desbravando o futebol dos Estados Unidos, com a camisa do Inter Miami, depois de ter deixado o PSG. A Copa América e a Eurocopa vão contar votos.

Quem elege o melhor jogador do mundo?

Há quatro grupos de votantes que elegem o The Best da Fifa, todos com peso igual na somatória dos votos, que é de 25% cada. Os profissionais podem votar apenas uma vez por temporada. São eles:

1 – Técnicos de todas as seleções nacionais filiadas à Fifa
2 – Capitães de todas as seleções nacionais filiadas à Fifa
3 – Um jornalista de cada Federação filiada à Fifa
4 – Público geral

Os escolhidos para votar apontam os três melhores jogadores da temporada. Cada atleta ou treinador ganha uma pontuação de acordo com a sua colocação na escolha. O primeiro leva cinco pontos, o segundo ganha três e o terceiro melhor indicado pelos votantes soma um ponto.

Ao final da votação, com os votos apurados, quem tiver mais pontos ganha o prêmio de melhor do mundo. Simples assim. Os critérios devem ser apenas técnicos.

Trio de brasileiros do Real Madrid formado por Militão, Vini Jr. e Rodrygo / Real Madrid

Há ainda uma votação popular. A Fifa abre em seu site um caminho para que qualquer pessoa possa participar da escolha. Para isso, basta acessar a URL quando ela for liberada, fazer a inscrição e votar. O peso de votação de cada um desses grupos, repetindo, é de 25%, o que deixa claro que os votos dos torcedores não escolhem por si só o The Best.

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Se houver empate, o primeiro critério de desempate é saber quem foi escolhido em primeiro lugar pelos técnicos, capitães e jornalistas mais vezes. Caso o empate persista, fica à frente quem foi mais vezes apontado na segunda posição.

A Fifa ainda pode dividir o prêmio se a votação persistir igual para dois ou mais atletas. Outros profissionais também são eleitos, como o melhor treinador e a melhor jogadora.

Após a conquista da Champions League, Vini foi um dos mais festejados pelos torcedores em Londres e também na festa do time em Madri.

Todos os eleitos The Best da Fifa

1991 – Lothar Matthaus (Alemanha)
1992 – Marco Van Basten (Holanda)
1993 – Roberto Baggio (Itália)
1994 – Romário (Brasil)
1995 – George Weah (Libéria)
1996 – Ronaldo (Brasil)
1997 – Ronaldo (Brasil)
1998 – Zidane (França)
1999 – Rivaldo (Brasil)
2000 – Zidane (França)
2001 – Luis Figo (Portugal)
2002 – Ronaldo (Brasil)
2003 – Zidane (França)
2004 – Ronaldinho Gaúcho (Brasil)
2005 – Ronaldinho Gaúcho (Brasil)
2006 – Fabio Cannavaro (Itália)
2007 – Kaká (Brasil)
2008 – Cristiano Ronaldo (Portugal)
2009 – Lionel Messi (Argentina)
2010 – Lionel Messi (Argentina)
2011 – Lionel Messi (Argentina)
2012 – Lionel Messi (Argentina)
2013 – Cristiano Ronaldo (Portugal)
2014 – Cristiano Ronaldo (Portugal)
2015 – Lionel Messi (Argentina)
2016 – Cristiano Ronaldo (Portugal)
2017 – Cristiano Ronaldo (Portugal)
2018 – Luka Modric (Croácia)
2019 – Lionel Messi (Argentina)
2020 – Robert Lewandowski (Polônia)
2021 – Robert Lewandowski (Polônia)
2022 – Lionel Messi (Argentina)
2023 – Lionel Messi (Argentina)

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