O São Paulo tem três focos até 2030, quando pretende comemorar o seu centenário numa condição melhor do que a atual. O planejamento do clube para os próximos cinco anos está sendo discutido e traçado agora. Dois de seus objetivos devem ser anunciados nos primeiros meses de 2025.
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Um deles diz respeito à parceria em marcha com a WTorre para uma reforma como nunca antes no estádio. O Morumbis não virá abaixo, mas o planejamento é mudar quase tudo em sua estrutura, desde a aproximação do torcedor com o campo até o aumento de sua capacidade para 85 mil pessoas.
Aliás, a obra, ousada, será nos moldes do que fez o argentino River Plate no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.
Faz parte desse projeto uma cobertura móvel do estádio. O São Paulo perdeu o bonde das reformas e construções das arenas para a Copa do Mundo de 2014. Agora, a diretoria se movimenta para melhorar as estruturas do Morumbis.
WTorre não tem nada fechado
A WTorre não tem nada fechado com o São Paulo. Mesmo assim, a construtora vem se tornando uma referência na área das arenas. Ela derrubou o Palestra Itália e ergueu no lugar o Allianz Parque, um dos orgulhos do torcedor palmeirense.
A WTorre tem ainda tudo assinado para a construção de uma arena para 30 mil torcedores onde está a Vila Belmiro, estádio do Santos. As obras vão começar no ano que vem.
Cada estádio construído pela WTorre tem formas diferentes de gestão. No caso do Palmeiras, por exemplo, a arena está sob sua administração até 2044.
O São Paulo não vai adotar esse tipo de modelo porque quer continuar tendo o Morumbis sob seu controle. Há compromissos assinados para shows e eventos dos quais o clube não abre mão. É uma boa fonte de receita.
O São Paulo está convencido de que deve aumentar a capacidade do estádio, seguindo também o que fizeram Real Madrid e Barcelona na Espanha.
O clube tem uma das melhores médias de pagantes nesta temporada, perto dos 50 mil torcedores. Para que o Morumbis esteja sempre lotado, o São Paulo precisa colocar em prática seu segundo projeto: ter um time competitivo e torná-lo melhor.
Inicialmente, esse ponto será um problema porque o dinheiro deve ser direcionado para a reforma do estádio e para sua terceira meta até o centenário: pagar as contas do passado e baixar ou até zerar sua dívida de R$ 850 milhões.
Desafio é ter um time forte
Manter um time competitivo é fundamental para que o torcedor entenda todas as outras medidas do clube. Se o São Paulo cair pelas tabelas e não conseguir fazer frente a seus rivais, os projetos terão de ser revistos e as receitas, redirecionadas para a contratação de jogadores.
A diretoria está contente com o desempenho do time neste ano, apesar da falta de conquistas. A meta do São Paulo é obter vaga direta para a próxima Libertadores.
O São Paulo tem receita anual estimada de R$ 750 milhões. Com esse dinheiro, o clube paga suas contas da temporada. Mas não sobra nada ou quase nada para investimentos e para reduzir a dívida do clube.
De modo que alguns atletas serão vendidos na janela de janeiro e de julho/agosto de 2025. O presidente Julio Casares já admitiu isso.
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O clube busca no mercado parceiros para um fundo, cuja meta é levantar R$ 240 milhões em 2025. Esse dinheiro terá de render dividendos para os acionistas e também ajudar a pagar parte das dívidas. E também dos juros dela.
Trata-se de uma tentativa para colocar mais dinheiro no clube, centralizar as despesas e deixar de gastar tanto. No entanto, o São Paulo vai passar por um planejamento financeiro como nunca antes.
Para a reforma do estádio, o São Paulo busca parceiros além da WTorre. O valor estimado da obra é de R$ 250 milhões. Mas esse número não é confirmado pelas partes.
O diretor de marketing do clube, Eduardo Toni, tem a missão de captar recursos no mercado. Na semana passada, ele comentou sobre os planos do São Paulo até o seu centenário.
Temos um acordo inicial com a WTorre. A empresa tem até o fim do ano para apresentar um projeto completo do estádio, reforma e ampliação de sua capacidade. Havendo esse acordo, a gente vai passar aos órgãos internos do São Paulo, aprovar nos conselhos e com os sócios e, depois, em um segundo momento, mostrar para a torcida.
EDUARDO TONI