O Palmeiras tem algumas crises para administrar e todas elas são diferentes, mas estão interligadas. O Palmeiras tem sido vaiado com alguma frequência dentro do Allianz Parque e encontra dificuldades para ganhar suas partidas, como foi diante do Botafogo na estreia do Brasileirão e já havia sido no fracasso do Paulistão.
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A crise com sua torcida precisa ter descontos. A Mancha rompeu com todos: Leila Pereira, Abel e jogadores. O tratamento dos torcedores uniformizados com o time mudou desde a briga com os cruzeirenses, quando organizaram uma emboscada, mataram uma pessoa, tiveram membros e líderes detidos e foram duramente criticados pela sociedade.
Há uma ruptura com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que não terá volta. Ela tem mais três anos no comando do clube.
Sorrisos da presidente
Neste fim de semana, entendi melhor o motivo da nova desavença. Foram as declarações de Leila antes do jogo, com o presidente Augusto Melo, em Itaquera, de que o Palmeiras é sempre bem recebido na Neo Química Arena, mas sempre perde no estádio do Corinthians. Para os palmeirenses, isso pegou mal. Não foram apenas os uniformizados que entenderam dessa forma. Mas tem mais: o fato de ter ficado na “festa” corintiana em campo também aumentou a bronca com Leila e o time. Os “sorrisos” de Leila com o troféu de segundo lugar irritou os palmeirenses.
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Nesse caso, no entanto, foi Abel que pediu para que os atletas permanecessem no gramado. Mas a Federação Paulista informa que esse procedimento já tem oito anos, da entrega das medalhas e troféu ao segundo colocado e dos aplausos ao campeão. Geralmente, o time perdedor ia embora antes da premiação do segundo lugar. Havia muito constrangimento dos atletas naquela foto posada com a taça sobre um palanque da patrocinadora do torneio.
@robsonmorelli7 @SE Palmeiras tem algumas crises para gerir com sua comunidade, e não com os torcedores uniformizados. Envolvem Leila e Abel Ferreira. #palmeiras #avantipalmeiras #palmeirasminhavidaevoce #palmeirasonline #avantipalestra #verdao #avanti #palmeirasoficial #palmeirense #porcoalviverde1914
A segunda crise é com Abel. A crise já esteve mais focada entre o treinador e a Mancha, mas ganhou outras partes do Allianz Parque. Abel reclama, sempre que pode, da falta de apoio do torcedor. Pelo menos, ele entende que a torcida não apoia o time como gostaria. Ele citou o comportamento dos botafoguenses no empate neste domingo, que gritaram “time campeão”. Reclamou que nunca ouviu isso dos palmeirenses.
Crise do vestiário
A terceira crise do Palmeiras é de vestiário. Abel sabe que o time não está bem, precisa melhorar, inclusive seus processos de trabalho, como ele diz, e ter retorno positivo de alguns jogadores. Há uma reformulação no elenco com atletas ainda fora, como Paulinho, que nem estreou desde sua contratação. O problema é que não há uma conversa franca entre a presidência, o treinador, os jogadores e a torcida.
O elenco não sabe se Abel ficará ou vai embora, por exemplo. O torcedor cobra clareza nesse cenário. Abel admitiu parte dessa condição do time neste começo de temporada.
O torcedor já entendeu que existe uma reformulação. Ela cobra mais futebol e não tem paciência para esperar, mas o que mais a deixa insatisfeito é a falta de transparência de Abel e de Leila. Muitos gostariam de ouvir histórias “reais” e de uma forma mais clara. Essa cobrança era da Mancha, mas já tem outros torcedores reclamando disso. É claro que a falta de vitórias e a perda do título do Paulistão para o maior rival, o Corinthians, deixaram o torcedor bravo. Mas isso vai passar quando o Palmeiras reagir.
Muitos também condenam os ‘chiliques’ de Abel em suas entrevistas. Por exemplo, ele foi duramente criticado ao reclamar com a arbitragem e ser expulso antes da cobrança do pênalti de Raphael Veiga contra o Corinthians. Abel passou do ponto. Mas não admite isso.
Essas crises são fáceis de resolver, com mais transparência, menos chiliques, paciência e vitórias. Abel está certo quando fala de mais trabalho e melhorar os processos. Ele também está entendendo o seu novo elenco. Só precisa dizer isso.
