O São Paulo precisa de intensidade contra o Botafogo. Se jogar apenas se defendendo, vai passar sufoco. Terá mais risco de perder. O time de Zubeldía tem jogado mal, apesar de algumas vitórias, como aconteceu no fim de semana diante do Cruzeiro em Minas. Mas o torcedor está desconfiado. Ele voltou a enxergar aquele time “amarelão” que fica pelo caminho na reta final dos campeonatos. O tricolor mira sua quarta Libertadores. O Botafogo nunca ganhou o torneio.
A partida que mais demonstrou essa falta de força foi diante do Atlético-MG, quando caiu na Copa do Brasil após um empate fora de casa sem tentar nada ousado. Os jogadores e o próprio treinador aceitaram com facilidade a condição da disputa e o ritmo da dança do adversário. Mesmo contra o Cruzeiro pelo Brasileirão, o São Paulo não foi lá essas coisas.
Contra o Botafogo, de Artur Jorge, vai ser uma pedreira, tanto nesta partida no Rio, que abre a disputa entre os rivais, quanto na volta no Morumbis, na próxima semana. Por ora, tudo está aberto. Se o São Paulo não oferecer perigo ao time carioca, líder do Brasileirão, vai sofrer. Deve atuar por uma bola. O Botafogo não desiste e joga solto em sua casa. Não é por acaso que comanda o torneio nacional e é candidato em tudo.
O São Paulo não é favorito, mas tem bola para derrubar essa condição. O problema é que os principais jogadores não estão funcionando. Calleri, Lucas e Luciano caíram de produção.
Zubeldía vai usar o garoto William Gomes no lugar de Luciano, de modo a liberar Lucas pelo meio e Rato mais aberto. Pode travar o time com três zagueiros também. Jamal e Longo, as novidades da janela, viajaram para o Rio e podem aparecer. A torcida anda desconfiada de Luciano.
Nesta fase de provações, sobra também para Zubeldía. O treinador argentino precisa mostrar alguma coisa diferente para superar um adversário melhor e mais confiante, com jogadores mais decisivos e em boa fase. O torcedor só não quer ver um São Paulo “marcha lenta”, como foi na decisão com o Atlético Mineiro.
