Os dias que antecederam o clássico entre Palmeiras e São Paulo deste domingo, dia 16, provocaram mais burburinho e emoção do que os 90 minutos de bola rolando no Allianz Parque. A imaginação funcionou melhor do que se viu na realidade.

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Os treinadores não estão muito preocupados em jogar bem, ter ousadia ou mesmo em fazer com que seu respectivo time honre a história diante do torcedor num duelo de muita rivalidade. O Palmeiras tentou e não conseguiu. O São Paulo nem tentou.

Abel Ferreira e Luis Zubeldía: Palmeiras tenta até o fim, mas esbarra na qualidade do time; São Paulo nem isso / Palmeiras

Não sei o que explicaria, por exemplo, o fato de Abel Ferreira ter deixado Estêvão no banco. Se o garoto está abaixo do seu normal, o torcedor palmeirense tinha de saber disso. Mas os deuses do futebol corrigiram o erro. Maurício, infelizmente, deslocou o ombro esquerdo e deixou o campo nos minutos iniciais, permitindo, assim, a entrada de Estêvão.

Sem Oscar e Lucas?

Do lado do São Paulo, Zubeldía não poderia ter deixado Oscar e Lucas fora para usá-los apenas no segundo tempo. Era clássico. Entendo que o tricolor já estava classificado para as fases agudas do Paulistão, mas devia algo para a sua torcida após três resultados ruins seguidos, de uma derrota e dois empates.

Quando as escalações começam medrosas, o jogo não pode ser bom. E foi o que o torcedor viu no estádio e nas transmissões. As bolas paradas do Palmeiras já não são mais um diferencial. As jogadas de ataque custaram a acontecer apesar do maior volume da equipe mandante. E se não fossem as cabeçadas de Flaco López, o goleiro Rafael teria pouco o que fazer no clássico.

Vaias para o Palmeiras

Do lado do Tricolor, a mesma burocracia das nove partidas anteriores, sem criatividade e com alguns míseros momentos mais bem trabalhados, que, digamos, não valeria o preço do ingresso se os são-paulinos pudessem comprar ingresso para o Allianz Parque.

Palmeiras e São Paulo não fizeram um bom jogo no Allianz Parque: faltou futebol dos dois lados / Palmeiras

Quando Abel tirou Raphael Veiga no começo do segundo tempo, ele abandonou toda a possibilidade de o Palmeiras fazer alguma coisa diferente. Não importa se o meia estava escondido, mas com ele em campo a chance de ganhar sempre é maior. E o Palmeiras precisava ter vencido. Está atrás de São Bernardo e Ponte Preta. Portanto, fora da classificação.

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O torcedor vaiou após o apito final. Como havia somente palmeirenses no estádio, supõe-se que foi para o Palmeiras e para Abel. Talvez para o árbitro ou para o jogo em si. Não foi para o São Paulo, certamente, mas também poderia ter sido, afinal, não jogou como time grande nem com a força de suas cores e bandeira, tampouco tradição.

Tricolor com medo

Qual é a conclusão então? Que tanto Palmeiras quanto São Paulo não entenderam o valor do clássico para seus torcedores nesta fase da temporada. O vencedor empurraria uma crise para o perdedor. Mas quem liga para isso em campo?

Tomara que eles se encontrem mais para frente, se o time de Abel se classificar, claro, porque após dez rodadas, ocupa apenas a terceira posição no seu grupo, para fazer um clássico de verdade no Estadual.

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