Continua assustador o despreparo dos árbitros em sua relação com o VAR e da turma do VAR para conversar com os árbitros de campo no futebol brasileiro. Refiro-me ao escândalo da atuação da arbitragem na partida do Fluminense com o São Paulo pelo Brasileirão.
O clube do Morumbi recorreu à CBF para anular o resultado ou ter outro jogo, se isso for possível. Não sei se teria a mesma conduta em caso de empate. Se tivesse vencido, jamais faria isso. Mas houve confusão, de fato. No mínimo, deveria haver outra partida. Se fosse no futebol de várzea, o apito seria tomado do juiz e dado a outro qualquer que estivesse por lá vendo a disputa.
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As explicações do árbitro Paulo César Zanovelli para a falta feita por Calleri e a cobrança de Thiago Silva foi um show de horrores de uma pessoa desprovida do entendimento da situação, até porque o juiz admite ter dado vantagem e não levou em conta que o zagueiro do Flu colocou a mão na bola para cobrar uma falta que não existiu.
Zanovelli deu vantagem. Portanto, Thiago Silva não deveria ter colocado a mão na bola. Quando faz isso, ele comete infração.
O São Paulo reclama porque na sequência da jogada, o Flu fez o primeiro gol da partida, com Kauã Elias. O time do Rio ganhou por 2 a 0. Depois de ouvir as conversas do VAR com o árbitro, a diretoria do São Paulo resolveu protestar. O diálogo foi uma aberração, de pessoas desprovidas de razão e entendimento do trabalho.
O que mais chama a atenção é que nenhum membro do VAR teve a coragem e a sensatez de dizer a Zanovelli que ele estava errado, que o jogador do Fluminense colocou a mão na bola para cobrar uma falta que não existiu. Portanto, seria mão na bola de Thiago e a jogada deveria ter sido interrompida. É a regra.
É preciso destacar que a conduta do Fluminense e do próprio zagueiro não tem defeito algum. Thiago cobrou a falta por entender que o juiz marcou a infração sem perceber que ele deu vantagem. Errou sem intenção. Foi vítima da falta de clareza do árbitro.
Não sei se a CBF vai anular ou invalidar o resultado do jogo. É pouco provável que isso aconteça. Mas deveria acontecer alguma coisa mais séria na arbitragem brasileira para tentar resolver esse problema sem fim. O VAR é um lixo. Não serve para nada.
Nem mesmo aquelas linhas traçadas de impedimento são confiáveis. O que mais pega é a falta de qualidade das pessoas que operam o equipamento. Os árbitros são péssimos. Não conseguem correr, entender o lance e apitar ao mesmo tempo.
Arbitragem estrangeira
Colocar árbitro na “geladeira” e fazer “aulinhas” para aprimorar o trabalho já não convencem mais. É preciso trazer estrangeiros para comandar a arbitragem brasileira, dentro e fora de campo. A CBF deve começar com uma partida com arbitragem estrangeira, no campo e no VAR. Uma turma afinada da Europa. E aumentar gradativamente esse time até ocupar as dez partidas de cada rodada do Brasileirão.
Paulistão 2025
Poderia começar com o Paulistão 2025. A Federação Paulista sempre esteve na vanguarda das mudanças no futebol. Há tempo para isso. Tempo e dinheiro. Vale muito a pena fazer o teste. Os custos poderiam ser distribuídos com patrocinadores, os próprios clubes e a entidade.
