Há três informações e situações diferentes sobre o começo de trabalho de Luis Zubeldía no São Paulo. Lembrando que o time foi para os Estados Unidos em janeiro para fazer uma pré-temporada, previamente agendada antes de a CBF avisar aos clubes que iria antecipar o calendário de 2025 em função do Mundial de Clubes da Fifa, e depois teve de dividir o grupo entre os jogos fora do país com a primeira rodada do Paulistão.
O empate com a Inter de Limeira em Brasília nesta segunda-feira foi um jogo atrasado do Estadual.
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A primeira informação é que a diretoria do clube espera mais do treinador, não do seu trabalho na Barra Funda nem das suas decisões de montagem do time. O que se cobra de Zubeldía são mudanças acertadas e mais rápidas na equipe no decorrer das partidas.
Tanto na derrota para o Bragantino quanto no empate com a Inter de Limeira, o São Paulo teve um jogador a mais durante boa parte do segundo tempo e não conseguiu fazer os gols que precisava.
Demora para mexer no time
O que se cobra de Zubeldía dentro dos muros do Morumbis são essas mudanças mais aceleradas no time, mesmo no atual estágio dele. Há uma impressão, respaldada pelos resultados e apresentações ruins, que ele demora demais para mexer na equipe e não mexe de forma acertada. Pode ser uma deficiência do técnico argentino a ser trabalhada.
O presidente Julio Casares e seus pares na diretoria do futebol acompanham toda a movimentação das redes sociais e podem se curvar ao que dizem do treinador na internet. Não é correto que seja assim, mas as redes funcionam como um termômetro para as pessoas públicas.
Essa é a segunda situação de Zubeldía nesse momento. Torcedores do São Paulo andam se manifestando contra o treinador nas redes. Isso se dá pelas derrapadas da equipe. Nos dois últimos jogos, o Tricolor amargou uma derrota e um empate. Dos rivais no Paulistão, apenas o Corinthians está mais sólido. Ocorre que o São Paulo quer muito ganhar o Estadual e sabe que o torneio é o mais ‘tranquilo’ de todos para o clube na temporada.
Cadê a molecada da Copinha?
A terceira situação envolvendo o treinador, também real dentro do São Paulo, diz respeito ao fato de Zubeldía usar pouco, ou quase nada, os garotos campeões da Copinha deste ano. Há uma cobrança silenciosa de alguns cardeais do clube nesse sentido. Os garotos, principalmente Ryan Francisco, são tidos como bons jogadores e capazes de ajudar a equipe. Mais do que isso: são vistos como cifrões pelo clube na janela da Europa.
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Zubeldía explicou que os meninos da Copinha precisam de tempo para assimilar a mudança de patamar e que eles devem ser usados aos poucos. O treinador admite ter planos para todos eles, ou para os cinco principais, como Ryan, ao longo do ano, mas de forma inteligente e sem pressa. Ele não quer quebrar a casca dos ovos antes de o pintinho nascer.
As três condições colocam pressão em Zubeldía, mas não a ponto de deixá-lo na corda bamba como começam a falar alguns torcedores menos satisfeitos com o seu trabalho. Essa avaliação já foi feita na virada do ano e não será retomada agora.
